terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Moradores da Vila Biné II recorreram ao Ministério Público para não morrer de sede e prometem pedir até intervenção do Governo do Estado
A situação dos moradores da Vila Biné II é agonizante. Por lá a falta de água é um problema que as famílias enfrentam desde meados de agosto do ano passado. O abastecimento de água só acontece de madrugada e já não chega mais em todas as casas. Para que parte dos moradores não passe sede, aqueles que conseguem fazer a coleta noturna, se solidarizam dividindo o pouco que armazenam.
SÓ EM SETEMBRO
O drama já deveria ter sido sanado, se a prefeitura tivesse interesse, afinal, basta a energia elétrica ser ligada para que seja feito o abastecimento. Mas segundo o representante da comunidade, Valdecir Queiróz, declarou ao Blog, as notícias vindas do palácio municipal dão conta de que o prefeito Zito Rolim só pretende fazer a inauguração do poço no mês de setembro.
“A notícia vaza, que o prefeito falou que isso aqui só é pra inaugurar em setembro, véspera da campanha política e todo mundo sabe que esse prefeito só trabalha em véspera de campanha política. Eu acho que, porque essa vila tem o nome do Biné, eles estão misturando ‘Damião com freio de caminhão’. Estão misturando política e isso não pode. Dizer que só vai inaugurar isso aqui em setembro, véspera de campanha política, isso é uma falta de vergonha“, disse.
RETALIAÇÃO
Valdecir acredita que a questão é pessoal. O representante da vila de moradores garante que o prefeito pediu apoio a ele junto aos eleitores da comunidade Limoeiro, mas o mesmo teria lhe negado ajuda política por já ter firmado compromisso com outro político e por esta razão, o prefeito estaria punindo toda a comunidade ao não colocar o poço aberto há quatro meses para funcionar e abastecer as 310 famílias que vivem atualmente no bairro.
“Ele me pediu apoio no Limoeiro, mas eu disse pra ele que já tinha meu compromisso. Ele [prefeito] mandou um portador aqui atrás de mim e me levaram lá para o CAPS onde sentei cara a cara com ele e me disse que mandou me buscar para me ajudar que eu preciso dessa reeleição para trabalhar mais por Codó“.
De acordo com Valdecir, o prefeito Zito lhe prometeu emprego na prefeitura. “Eu lhe dou emprego a partir de outubro para você voltar para o Limoeiro e lhe pago um salário mínimo para você trabalhar e fazer campeonato, porque eu mexia com bola. Eu pago a premiação porque sou um prefeito trabalhador, pago em dia e foi eu que fiz a ponte“, revelou Valdecir.
MINISTÉRIO PÚBLICO NO CASO
Temendo que o problema não seja solucionado tão cedo, os moradores já se reuniram em comissão e foram até o Ministério Público Estadual em Codó. Ontem, segunda-feira (06), eles estiveram na promotoria, mas não obtiveram resultado. Os promotores ainda estão de recesso e foram orientados a retornar na próxima semana.
“Nós fomos ao SAAE, na Câmara Municipal e já chegamos até a Promotoria Pública. Estamos esperando agora a promotora que está chegando de recesso para nós movermos ação contra o SAAE, porque tem família com 4, 5, 6 e até com 8 anos pagando água aqui. Eles tem por obrigação entregar esse poço porque ele já está pago e estamos sendo lesados“, argumentou.
SOCORRO AO GOVERNO DO ESTADO
Os moradores vão tentar resolver por Codó mesmo. eles acreditam que o Ministério Público possa intervir junto ao poder público e o poço passe a funcionar. Porém, se isso não acontecer, outra medida vai ser recorrer ao Governo do Estado.
“Daqui, nós vamos sair pra São Luís. estamos formando um grupo de pessoas, porque assim como nós fomos na época da ponte, nós vamos agora com esse poço. Já que o poço é recurso próprio do SAAE, nós vamos pedir para o Luís Fernando comprar esse poço pra nós. Vamos pedir ajuda do Governo do Estado para solucionar o problema, porque nós não podemos ficar sem beber“, concluiu Valdecir.
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