Três astrônomos amadores de Minas Gerais descobriram um cometa a partir de observações feitas no país. O cometa brasileiro, de nome científico C/2014 A4 Sonear, foi descoberto no dia 12 de janeiro.
O objeto celeste foi visto pela primeira vez por Cristóvão Jacques, João Ribeiro e Eduardo Pimentel. A descoberta foi confirmada por astrônomos do Observatório Remanzacco e, depois, foi reconhecida pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), em 16 de janeiro.
Após encontrar o objeto, os pesquisadores comunicaram o achado ao Minor Planet Center (Centro de Planetas Menores) com as coordenadas para que outros astrônomos pudessem verificar a existência do objeto.
Um dia depois, os astrônomos Ernesto Guido, Nick Howes e Martino Nicolini, do Observatório Remanzacco (Itália), confirmaram a descoberta.
Segundo o grupo, o cometa nasceu na nuvem de Oort, cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. O cometa tem aproximadamente 20 quilômetros de diâmetro e está a 900 milhões de km de distância da Terra.
Segundo os pesquisadores, o cometa não está em rota de colisão com o planeta. Ele atingirá o ponto mais próximo do Sol no dia 11 de setembro de 2015, mas não poderá ser visto a olho nu.
O telescópio usado pelos pesquisadores brasileiros tem 450 mm de diâmetro e fica em um observatório particular batizado de Sonear (Observatório Austral para Pesquisa de Asteroides Rasantes a Terra, na sigla em inglês), em Oliveira, a 120 km de Belo Horizonte.
O observatório mineiro foi todo financiado pelos próprios pesquisadores e começou a funcionar a pouco mais de um mês.
O objetivo do equipamento é rastrear asteroides com órbitas que se aproximam do planeta, os chamados Near-Earth Objects (NEOs), na tentativa de proteger a Terra no caso de uma possível colisão.
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