O delegado regional de Codó, Rômulo Vasconcelos, que está substituindo o delegado Samuel Morita, deu uma entrevista coletiva na tarde de segunda-feira (17/02), para explicar detalhes do assassinato de Jardiel de Mendonça Souza, 20 anos, morto na última semana em Coroatá.
Rômulo Vasconcelos contou à imprensa detalhes do depoimento do homicida, José Ferreira da Conceição Filho.
“O José Filho disse que estava com uma mulher no dia do crime, quando a Jardiel tentou tirar a jovem para dança. A mulher então teria negado o pedido. Jardiel não aceitou e quis pegar a jovem à força, foi quando José Filho tirou satisfação com a vítima e os dois entraram em briga corporal.
A confusão seguiu fora da casa de festas. Jardiel, de porte físico mais avantajado, chegou a espancar José Filho.
O jovem, que relatou ter sido espancado outras vezes pela vítima, foi até a casa de um amigo, pegou uma arma e em companhia de outra pessoa retornou à festa, segundo ele, a intensão não era matar Jardiel e sim dar um susto, mas quando chegou no local, a vítima correu em sua direção para agredi-lo novamente, foi quando ele disparou 5 tiros fatais”, disse.
O delegado regional falou também sobre a apresentação dos envolvidos no crime, inclusive do autor dos disparos que se apresentou na cidade de Codó. Para Rômulo Vasconcelos, a polícia civil não pedirá o mandato de prisão preventiva do jovem, por entender que o mesmo atende aos critérios básicos previstos na lei.
“Nós conseguimos identificar o rapaz que forneceu a arma usada no crime, mas não a localizamos na casa dele. No mesmo dia ele se apresentou espontaneamente na delegacia e levou a arma. Logo depois conseguimos localizar o outro envolvido, que deu fuga a José Filho.
Os dois foram ouvidos e responderão pela participação no crime. Na sexta-feira, recebi um telefonema do advogado de José Filho. Ele perguntou se eu estaria em Coroatá, porque queria apresentar o jovem autor do crime. Como eu disse que não podia estar presente nesse dia, e por ele (advogado) temer pela integridade física do seu cliente, Jose Filho foi apresentado, também espontaneamente, na cidade de Codó, onde eu me encontrava.
Colhemos seu depoimento e fizemos todos os procedimentos que deveriam ser feitos e o liberamos, por ele não ter sido pego em flagrante e por entendermos que o jovem tem um emprego fixo, família construída, residência física e por isso não pedimos sua prisão preventiva.
Se o Ministério Público quiser fazer o pedido ele pode fazer, mas pela minha experiência, isso não deve acontecer”, esclareceu Rômulo Vasconcelos.
A polícia confirmou que vai ouvir mais duas testemunhas e no máximo em 15 dias concluirá o inquérito. Após isso, a justiça vai decidir se o réu confesso é culpado ou não. José Ferreira da Conceição Filho deve ir à júri popular.
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