Clenúbia de Sousa antes de viajar para a penitenciária feminina de São Luís almoçou, sem algemas, ainda sentada no banco onde estava desde o dia 19 de fevereiro, no corredor da delegacia regional de Codó, quando foi presa, com seu companheiro, com 14 pedras de crack.
Quando a hora chegou (às 13h26) ela foi até a cela se despedir de Juscelino Borges da Silva. Após isso foi levada para a viatura da Polícia Civil.
A mãe dela, Maria de Jesus Sousa, popular Maria do Rodão, que também já chegou a cumprir pena por tráfico numa cela de Coroatá (antes da delegacia ser destruída), disse que a filha é apenas uma vítima do crack e que nunca foi traficante. Antes de ser presa, Peitica como é chamada, teria sido internada no hospital da cidade porque estava muito fraca em razão do consumo exagerado da droga. Ela fugiu do leito e dias depois foi detida pela PM na Av. Augusto Teixeira.
“Ela não é traficante, ela é uma viciada, os traficantes tudinho que bota droga pra ela, bota e perde, eu que fico vendendo minhas coisas e pagando, ela não é traficante (…) tem três filhos, duas meninas e um homem, quem vai cuidar é eu”, disse
Ela vinha sendo mantida nas condições denunciadas pela TV Mirante, e depois pelo programa Bom Dia Brasil da TV Globo, porque não há cela feminina em Codó, Timbiras, Coroatá, nem em Peritoró que são as quatro cidades da regional.
De acordo com a delegado regional, Rômulo Vasconcelos, em entrevista concedida à afiliada da Globo no Maranhão, esperava-se a abertura de uma vaga no sistema carcerário do Estado.
Após a denúncia, a vaga apareceu e Clenúbia, que já tem prisão preventiva decretada por tráfico de drogas, acabou transferida para São Luís nesta quinta-feira (27).
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