do Imirante.com
Além de discutir como seria feito o acerto no preço do
combustível, a investigação do Ministério Público Estadual (MP/MA) também
conseguiu interceptar diálogos entre empresários do setor nos quais eram
decididos quanto de água colocar nos combustíveis. A adição de água na gasolina
foi definida após os donos de posto terem tomado conhecimento de que o Governo
brasileiro importaria etanol dos Estados Unidos, onde o teor de água é 0,6%
maior.
“E o Brasil vai vai importar álcool agora também dos Estados Unidos. Eu vou
até botar mais água aqui no anidro, justamente para controlar isso.” A afirmação
é do ex-presidente do Sindicatos dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão,
Dileno Tavares e mostra mais uma ‘ferramenta’ utilizada por donos de postos para
aumentarem seus lucros.
Seu interlocutor é outro empresário que responde: “É bom, eu vou botar mais
água na gasolina e no álcool, 0,5%” e Dileno responde: “No anidro né? É, porque
nesse, nos Estados Unidos já veio com essa quantidade de água” e continua mais
adiante: “Aí eles vão aproveitar para igualar aqui! Agora nego escuta esse
negócio de botar água, daqui a pouco nego tá colocando água direto aí!”. A
resposta vem com uma gargalhada.
O “botar água” a que se refere o ex-presidente e seu colega é para que o teor
de água nos combustíveis tenham o mesmo percentual do produto importado pelos
EUA. Porém, o álcool ainda é nacional e a adição de água configura uma clara
alteração de combustível.
Trecho de gravação telefônica que mostra acerto entre empresários.
CPI dos Combustíveil
De acordo com o deputado Othelino Neto (PC do B), autor da proposta que cria
a comissão Parlamentar de Inquérito pela Assembleia Legislativa do Maranhão
(AL-MA), a instalação e consequentemente a 1ª reunião da comissão deve ocorrer até o fim desta semana. A
AL-MA e o Ministério Público querem saber porque a gasolina aumentou tanto na
capital, uma vez que não houve aumento pelas distribuidoras.
Fonte: Blog do Luis Cardoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário