Na quarta-feira quando os blog alinhados ao Palácio dos Leões divulgaram que o secretário de saúde, Ricardo Murad iria permanecer no governo e acumular as secretarias de Saúde com a de Segurança, pensei até que fosse uma piada, mas não.
Não vou nem entrar no mérito empresarial de Murad em gerir os recursos de qualquer secretaria. Vou me ater ao absurdo de um governo que nomeia o mesmo secretário para duas das mais importantes pastas de uma administração pública.
Ao nomear Ricardo Murad para as duas secretarias, Roseana revela não dar a mínima importância para a Saúde e, principalmente, para a Segurança; secretaria que enfrenta uma das maiores crises de sua história no combate à violência, com greve de policiais e o aumento de assassinatos e assaltos, principalmente na capital.
Se já havia o descontentamento dos delegados em aceitar um agente da Polícia Federal como secretário, no caso de Aluísio Mendes, imagine um político que só pensa na polícia quando batem à sua porta.
O acordo entre Murad e Roseana foi fechado na tarde de quarta-feira; sem que se saiba, no entanto, o que realmente foi acordado.
O certo é que a ida de Murad para a Segurança é sinal de que haverá um grande aporte de recursos para a pasta.
E o pior é que toda a sociedade, em especial quem faz oposição ao grupo Sarney, poderá ter seu sigilo telefônico violado através do Guardião, aparelho de última tecnologia que permite fazer escutas telefônicas, agora sob o comando de Murad.
Do Blog do Garrone
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