Um exemplo: Roseana não convidaria a advogada Anna Graziella para chefiar a Casa Civil se não fosse permanecer no cargo. Outro: não teria escalado o assoberbado secretário de Saúde, Ricardo Murad, para também responder temporariamente pela Secretaria de Segurança Pública.
Mais um: não convocaria o secretário de Planejamento, João Bringel, para também comandar interinamente a Secretaria de Educação. Deixaria, naturalmente, essas decisões para o novo governador.
A governadora está sob forte pressão. Na família, há os que a querem como candidata ao Senado e há os que preferem que ela cumpra o mandato até o fim e vá, finalmente, descansar.
Os aliados estão também divididos entre os contra e a favor da sua permanência no cargo. O comando nacional do PMDB deixou claro que gostaria de tê-la no Senado no próximo ano, preferência também manifestada pela presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. É muito provável que Roseana Sarney anuncie hoje que cumprirá seu mandato até o fim.
Mas como as raposas lembram que em política até boi voa – e os mais experientes reforçam o ditado afirmando que no Maranhão ele pode voar de asa quebrada – não será inteiramente surpreendente se, depois de uma noite de reflexão, a governadora anunciar hoje sua candidatura ao Senado. Vale aguardar.
Missão definida
Muita gente não entendeu a nomeação da advogada Anna Graziella Costa para a chefia da Casa Civil. Mas a governadora Roseana Sarney quer a nova auxiliar para cumprir exatamente a missão precípua do gabinete: cuidar da gestão e da máquina administrativa. Ao contrário do que pensa, Roseana deixará a articulação política para a própria pasta criada para este fim, que ainda não tem titular definido.
Preparatória
O agora ex-secretário de Infraestrutura Luis Fernando Silva (PMDB) reuniu-se ontem com a governadora Roseana, um dia depois de deixar o cargo. Na conversa, o pré-candidato do PMDB ao governo fez um balanço das ações de sua pasta e de suas ações como candidato. Mostrou, com números, o que fez como pré-candidato até aqui e o patamar em que chegou; e disse que espera agora a força e a unidade do grupo para o embate final.
Construção
Se ficar no cargo, a governadora Roseana Sarney não pretende administrar uma briga pela vaga de senador no seu grupo. Ela acha que, definida essa fase, é possível construir dentro do PMDB uma solução negociada entre o deputado federal Gastão Vieira e o senador Lobão Filho, ambos pretendentes declarados. E a regra é simples e justa: terá a vaga quem se viabilizar política e eleitoralmente.
FONTE: COLUNA ESTADO MAIOR/Jornal O Estado do MA
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