quarta-feira, 30 de julho de 2014

Professora desabafa por falta de segurança após sofrer assalto

A professora Deusilene de Oliveira Lima, 38 anos, procurou nossa redação para desabafar com relação à falta de segurança na cidade de Coroatá. Recentemente ela teve sua moto levada em um assalto no semáforo que fica localizado próximo à Praça José Sarney, quando retornava da escola em que trabalha, por volta das 18h00.

Deuselene criticou a demora na inauguração da Central de Monitoramento, que interligaria todas as câmeras instaladas no município. A medida seria fundamental para inibir vários crimes praticados diariamente.

“O sistema de trânsito foi implantado na cidade, melhorou muito, mas não ligaram as câmeras. Então porque que tem sinal de trânsito se as câmeras de filmagem não estão funcionando? O que que falta para elas serem ligadas? Se tivesse tudo pronto, todas as câmeras tivessem ligadas, eles tinham filmado o ladrão que tomou minha moto, tinha filmado ele passando em outras ruas e com certeza elas iriam identifica-lo”.

A professora também criticou a polícia. Segundo ela, as blitz deveriam ser feitas de forma mais eficaz, não apenas quando os trabalhadores volta dos seus serviços.

“Também não entendo a forma como são feitas as blitz, quando são. Sempre realizadas às 11h00 da manhã, horário de pico, quando o pai de família está indo pra casa pra almoçar e depois voltar para o comercio, a mãe sai de casa para buscar os filhos na escola. A hora que o ladrão tá agindo em Coroatá é de 16h até a meia noite. Porque que a polícia não está trabalhando nesse horário? Porque que a polícia para uma trabalhadora como eu, que anda com a bolsa da escola, uma mulher sozinha em uma moto e não para muitos suspeitos que vemos por ai? A cidade está cheia de dois rapazes andando em uma moto sem placa. Porque que a polícia não está fazendo isso? Eu queria ser ouvida, queria colocar essa situação para a sociedade”.

A educadora revelou que após o dia em que teve a moto tomada, nunca mais foi a mesma quando sai de casa. Sempre tem a sensação de que algo de ruim vai acontecer. Um drama que ela tem procurado superar.

“Desde o dia em que eu fui roubada, não consigo mais ter tranquilidade quando ando na rua. Fico em pânico, sempre procurando pra onde eu vou correr. E todo dia que eu ando na cidade eu encontro vários rapazes em motos sem placa, alguns muitos suspeitos, e se eu encontro, a polícia também encontra. Eu fui hoje na delegacia pra falar com o delegado, porque eu vejo que pegaram a minha moto e de outras pessoas, mas parece que não pegaram nada. Você compra uma moto, ela é cara, você trabalha duro para ter uma e o ladrão vem leva e ninguém faz nada. Por isso que eu queria questionar meu posicionamento ao delegado. Queria perguntar a ele porque que a polícia não está trabalhando com mais efetividade, porque que ele não tá reivindicando nada para prefeitura, até mesmo a reabertura das Guaritas. Entendemos que o contingente policial é pouco, mas eles precisam tomar medidas preventivas, até porque eles não vão conseguir pegar cada ladrão, mas podem conseguir soluções que inibem a entrada deles em Coroatá”, disse Deusilene.


]

Nenhum comentário:

Postar um comentário