sábado, 23 de agosto de 2014

Codó - No encerramento dos festejos Mestre de Umbanda Bita do Barão na entrega de brinquedos a população

Bita do Barão vive no imaginário do maranhense

Conhecido como o “Bruxo de Codó”, o líder religioso encerra hoje o seu festejo, que atrai centenas de pessoas de várias regiões do estado, do país e até de fora do país, como informa o pai de santo. Iniciado no último dia 16, a festa na região dos Cocais é um dos festejos afro-brasileiros de maior tradição do país. Uma festa aos santos e orixás, comandada pelo umbandista Bita do Barão de Guaré. De acordo com informações, 500 pessoas passam por dia na época do festejo.

Os hotéis da cidade estão completamente lotados. De acordo com Márcia Raquel, gerente do Hotel Janaína, um dos mais famosos na cidade, não existem mais vagas até domingo. “As reservas são feitas com bastante antecedência para esse período, quem conhece o festejo, já faz sua reserva com antecedência. Os nossos 45 apartamentos estão todos ocupados até o fim da festa”, revelou.

Estevemos hoje no terreiro mais famoso do Maranhão, que também é conhecido como “Tenda espírita de Umbanda Rainha Iemanjá”. Na ocasião, Bita do Barão falou da repercussão que tem o seu festejo. O pai de santo conta, que não sabe explicar bem o motivo de sua fama, mas que “o meu Festejo é um encontro que reúne todas essas pessoas que vem agradecer aos orixás”.

E ao longo de sete dias, ele reúne filhos e filhas de santo que saem caracterizados com as cores de cada orixá e algo mais que o represente, como os brinquedos para Cosme e Damião, protetores das crianças, ou a espada e o cavalo do guerreiro São Jorge, ogum militar. “Na umbanda, São Jorge representa o santo guerreiro, vencedor de todas as batalhas. A qualquer hora, qualquer momento, pode chamar por São Jorge”, disse a umbandista Maria Alves, que carregava a imagem do santo na Tenda Espiritual.

São muitas as atrações que duram uma semana inteira na terra de Bita. Todas elas fazem muita gente parar por onde passam para registrar tudo que pode até o ano seguinte. “Vou levar muitas lembranças. Todas as imagens que estou fazendo são maravilhosas. Se Deus quiser estarei aqui ano que vem de novo”, disse a dona de casa Maria Aparecida.

Quando os santos e orixás são homenageados, os codoenses veêm a manutenção de uma tradição que já dura mais meio século. “O turismo, na verdade, conhece Codó através dessa festa, que é tradição da cidade. A gente vê a raiz de Codó”, afirmou Herbert Júnior, advogado.

Para Bita do Barão, é a força dos encantados que mantém a festa cada vez mais bonita e luxuosa, ao seu velho estilo. “Estamos de braços abertos para fazer outra vez, em outro ano, com mais brinquedo, com mais força, com mais gente, com mais tudo. Crescendo e crescendo mais”, concluiu.

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