quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Paciente que teve atendimento negado por médico na UPA se arrepende de não ter ido para o HGM

José Ribamar Abreu se recupera em casa depois de ter sido maltratado na UPA
José Ribamar Abreu se recupera em casa depois de ter sido maltratado na UPA















José Ribamar Abreu, de 35 anos de idade, se envolveu em um acidente de trânsito na noite de quarta-feira, no Bairro Trizidela, em Codó. Ele estava pilotando uma motocicleta e se chocou com outro veículo, devido a pancada, a vítima teve vários ferimentos pelo corpo. Dois foram mais graves. Um no joelho e outro no calcanhar. José de Ribamar permaneceu consciente após o acidente e pediu para ser levado para a UPA – como foi o atendimento na Unidade de SAÚDE é o que você confere abaixo na íntegra a entrevista concedida à FCTV, na terça-feira (24). LEIA:
Até técnica em enfermagem já estaria prescrevendo medicamento na UPA e fazendo sutura em pacientes, segundo consta na denúncia de José Ribamar . Veja:
Quando eu cheguei lá me colocaram na maca. Eu estava com bastante dor de cabeça, porque bati a cabeça no chão e pedi um remédio, pra dor de cabeça. A técnica em enfermagem pegou e me deu um remédio no soro. Eu perguntei quem tinha prescrito o remédio e ela falou que tinha sido ela mesmo.
Mas você pode prescrever um remédio? Ela disse: a gente técnico em enfermagem pode fazer isso.
Depois de meia hora que eu estava lá, nenhum médico foi me atender, olhar o que estava acontecendo comigo. Depois de meia hora, esse doutor Francisco Oliveira entrou dentro da sala sorrindo, aí olhou pro meu pé e falou: Ah! Isso aí é técnico em enfermagem e enfermeiro que tem que fazer não sou eu que sou médico não.
- Isso aí o quê (perguntou o Blog). Porque ele falou que não ia fazer a sutura do meu pé. Quem iria fazer era a técnica em enfermagem.
Como no acidente eu caí dentro da lama, tinha muita lama dentro dos cortes e era ariscado provocar uma infecção, então ele falou que não iria fazer a limpeza nem a sutura”.
Médico teria dito ao paciente que fosse procurar atendimento com os médicos cubanos, em tom de preconceito e reclama de salário atrasado na UPA como justificativa para o comportamento anti profissional. Veja:
“Aí eu falei pra ele: você está aqui para trabalhar e quem paga seu salário somos nós, entendeu? Você está aqui para atender a nós que somos pacientes. Ele olhou pra mim com arrogância e falou:
Por que você não procura os cubanos que vocês trouxeram pra cidade? E outra coisa,meu salário tá atrasado ainda (Teria dito o médico). E não fez a sutura. Não foi. Foi outra médica, porque nessa hora arranquei o soro da minha mão por que eu não ia morrer lá de tanto perder sangue.
Paciente conta que deixou o HGM de lado e deu preferência por ser atendido na UPA, mas se arrepende devido aos maus tratos. Veja:
Aí eu falei vou pro HGM. Eles disseram, mas você vai ter que assinar um termo de responsabilidade. Eu disse: assinar termo de responsabilidade? Quem está negando socorro pra mim são vocês. Eu não vou é morrer aqui e antes assinar um termo por uma coisa que eu não estou sendo atendido.
Se eu soubesse que lá seria desse jeito não teria nem ido pra lá, teria ido direto pro HGM. Mas a gente vê falando que a UPA é tão boa, né? Que os primeiros socorros são tão eficientes, então eu disse me leva direto pra UPA, pensando que ia ser bem tratado lá, quando cheguei acontece isso. Fiquei até hoje horrorizado com isso. Revoltado com essa situação porque eu não esperava, porque a gente que é pai de família a gente precisa trabalhar.
Uma médica gente finíssima o salvou, destaca o paciente. Veja:
“Quando eu ia saindo veio uma doutora, gente finíssima, que me atendeu, viu minha situação e disse eu vou tratar de você. Pegou, me colocou na maca e me levou pra sala de novo. Fez toda a limpeza, todo o processo, costurou e foi que fui liberado, depois de três horas”.
Concluiu José Ribamar Abreu.

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