sábado, 20 de junho de 2015

Delegando de Coroatá se defende! Depois de denuncias contra ele por abuso de poder ele diz "Tudo o que eu faço está em dispositivo legais"

O delegado de Coroatá, Alex Aragão, resolveu se pronunciar sobre a polêmica da semana, após ter algemado o advogado André Farias, na tarde da última terça-feira (16/06), no prédio da DP [relembre aqui].

Em entrevista coletiva, Alex Aragão explicou sua versão sobre os detalhes daquele dia e reafirmou que fez tudo dentro do que a lei estabelece.

“Queria primeiramente dizer que a OAB é uma das instituições mais respeitadas do Brasil, e respeitada inclusive internacionalmente. Nós da polícia, tanto investigadores, delegados e escrivãs, respeitamos as prerrogativas dos advogados. O que aconteceu foi que minha delegacia, embora seja de entrada livre, por medida de segurança há um controle de acesso, em que eu peço que o cidadão se identifique até pra própria segurança dele. Esse cidadão (advogado André) entrou na delegacia sem portar nenhum documento e distratou um colaborador que exerce a função de carcereiro. Nesse momento, por conta do barulho, eu fui verificar o que estava acontecendo. Quando eu cheguei pedi pra ele se identificar e como eu disse, ele não portava a carteira de identificação, mas relatou que eu já tinha visto pela delegacia e que eu sabia que ele era advogado. Só que tem dias que eu recebo mais de 50 pessoas aqui no gabinete, com poucos meses em Coroatá e não tenho a obrigação de conhecer nenhuma pessoa pelo rosto, até porque o próprio estatuto da OAB estabelece que o documento de identificação é necessário, o porte para advogado. Esse indivíduo (Dr. André) ficou agressivo, gesticulando e me chamou de abusado, foi quando eu dei voz de prisão pra ele. Não surtiu efeito minha verbalização e pra evitar uma lesão recíproca, porque eu não sei o que se passa na consciência dele, pedi que o algemasse e após isso ele ficou mais calma e pediu pra fazer uma ligação para o representante da OAB local que é o Dr. Floriano, de pronto retiramos a algema e ele fez a ligação. A utilização da algema é na forma da lei, da sumula vinculante número 11 do Supremo Tribunal Federal, que estabelece que na defesa da pessoa que vai ser algemada ou na defesa dos agentes ou no caso de fuga. E ela foi utilizada para evitar algum tipo de lesão, porque eu não sei o que se passa na cabeça desse indivíduo”, disse do delegado.

O reporte Pacheco Filho questionou Alex Aragão sobre a abordagem à uma professora, em que ela o acusa de ter sido agredida verbalmente.

“É uma mentira. Toda prisão ela é feito uma autuação documentada. O que aconteceu foi uma abordagem, essa professora estava conduzindo uma moto na contramão e sem carteira de habilitação, eu pedi que ela parasse, retive a chave da moto e pedi pra ela que ligasse para uma pessoa habilitada pra receber essa moto. Nós fazemos isso não é para o mal da sociedade, é pra evitar acidentes. Eu gosto de cumprir a lei e em nome disso eu quero evitar tragédias no transito. Não houve prisão, o filho dela veio aqui (delegacia) pegar a motocicleta e ainda agradeceu a minha atitude”, disse o delegado.

Pacheco ainda trouxe o assunto de destaque da última sessão na Câmara Municipal, quando os vereadores aprovaram o título de “persona non grata” para o delegado Alex Aragão, segundo os parlamentares, pela forma como vem agindo no município. O delegado não se esquivou da pergunta e foi firme.

“Tudo o que eu faço está em dispositivos legais. Se eu abordem a professora é porque tem o dispositivo da falta de habilitação para dirigir, o que pode ser um perigo potencial pra ela e outras pessoas. Se aparece aqui algum pedido para liberar um veículo irregular eu não posso fazer isso se o veículo não tiver com as taxas pagas administrativamente. Se eu tiver que sair da cidade por ‘tá’ cumprindo a lei, eu vou sair daqui de cabeça erguida, porque não vou descansar e nem vou deixar de cumprir a lei”, concluiu Alex Aragão.

Do Coroatá Online

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