Mais uma situação vergonhosa para o Maranhão. Quase a metade, exatos 40% dos trabalhadores escravizados no Brasil são originários das cidades maranhenses. O estado ocupa a quinta posição no ranking do trabalho escravo, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Mas algumas iniciativas estão tentando diminuir estes números.
Iniciado ainda no ano de 2012, o projeto Caravana Liberdade - promovido pela Comissão para a Erradicação do Trabalho Escravo no Maranhão (Coetrae-MA) e apoio do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA) - tem o objetivo de colocar em prática atividades preventivas e de fiscalização nos municípios com altos índices de trabalho escravo e infantil.
No dia 18, a Caravana acontece em Peritoró e nos dias 19 e 20, em Codó. Desde a sua criação até hoje o projeto cresceu e tomou grandes proporções. Atualmente, conta com o apoio de diversos órgãos interessados em combater e erradicar o trabalho escravo no estado, entre eles várias secretarias estaduais, Ministério Público do Trabalho, da Universidade Federal do Maranhão, além dos sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Codó e de Peritoró.
O presidente do TRT-MA, desembargador Luiz Cosmo da Silva Júnior, considera que a Caravana da Liberdade é um evento marcante para o Tribunal. “Sem liberdade para desempenhar o seu trabalho, o homem será um ser sem dignidade e fora do contexto do mundo do trabalho civilizado. Nós do TRT faremos tudo que for possível para extirpar, definitivamente essa chaga do trabalho em condição de escravo que ainda assola o nosso país”, afirmou o magistrado.
Durante o evento, estão previstos painéis, oficinas, roda de conversa, passeatas de mobilização, depoimentos dos trabalhadores resgatados, exposições fotográficas, serviços de saúde, exibição de vídeos, entre outras ações.
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