terça-feira, 22 de março de 2016

Codó perde o escritor, o poeta o historiador João Batista Machado !

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João Batista Machado
SOBRE JOÃO BATISTA MACHADO
O Prof. João Batista Machado faleceu  aos 90 anos de idade em Teresina em decorrência de parada cardíaca. Era escritor, poeta, historiador, publicou os livros  “Codó – Histórias do Fundo do Baú”, ” O Imaginário Codoense”  e participou da “Antologia dos poetas da nova geração” quando ainda acadêmico de direito no Estado do Rio de Janeiro,  sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Codó, fundador da Associação Cultural Codoense Antônio Almeida Oliveira e Presidente da Academia Codoense de Letras, Arte e Ciência.
João Batista Machado. Escritor, nascido no dia 24 de junho de 1925, numa fazenda, do povoado São Miguel, deste município. Foram seus pais, o Sr. Marcelino da Cunha Machado e Srª Raimunda Viana Machado, proprietários de terras, criavam gado e forneciam lenha e dormentes de madeira para a Estrada de Ferro São Luis – Teresina.
Aos dez anos de idade, lia Humberto de Campos, Olavo Bilac e outros, com o prazer que têm os amantes da leitura. Ler, para ele, era a melhor coisa da sua vida; inteligência privilegiada.
Foi aluno da Escola Ferreira Bayma, mais tarde do Grupo Escolar Colares Moreira, em 1934, quando foi criado; ali concluiu o Curso Fundamental, como hoje se denomina.
Ano de 1939, retoma seus estudos; mesmo não havendo o Curso Ginasial em Codó, preparou-se e foi para São Luís, ali chegando, presta Exame de Admissão ao Colégio São Luís, e logra aprovação, classificando-se em segundo lugar, como era eficiente a educação em Codó!
Ao concluir o Ginásio em São Luís, vai para o Rio de Janeiro, em 1949, para concluir o Científico e prestar vestibular para o curso de medicina, mas não concretizou esse objetivo, porque chegando na Cidade Maravilhosa, enlevou-se, afloraram-se o vigor e as fantasias, partícipes do cotidiano de todo adolescente, todo jovem e além do mais, ficou deveras entusiasmado com o clima de liberdade que contagiava o Brasil com o pós-guerra. Surgiram os grandes movimentos populares, e aí, não pensou duas vezes – ingressou na política estudantil, elegendo-se Secretário de Alimentação da UME (União Metropolitana de Estudantes). Participou da Campanha “O Petróleo é Nosso”, que ensejou a criação da Petrobrás. Nessa época já era estudante de Direito da Faculdade de Direito de Niterói, transferindo-se em seguida para a Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas, e simultaneamente, cursava História no Instituto Lafayete de Filosofia, ainda lhe sobrava tempo para participar ativamente de movimentos literários.
Trabalhou no antigo IAPC, exercendo cargos de confiança na área administrativa, até aposentar-se por tempo de serviço em 1983. Foi membro ativo da Sociedade de Intercâmbio Cultural, colaborou em diversos Jornais do Rio de Janeiro. Participou das obras literárias: “Antologia de Poetas”, da Nova Geração, compilada pelo poeta Raimundo Araújo, “Antologia da Moderna Poesia Brasileira”, “Suspeita”, peça de teatro; essas importantes obras foram prefaciadas por acadêmicos da Academia Brasileira de Letras, como Álvaro Moreira e Aníbal Machado, dos quais era grande amigo, incluindo-se também, Ledo Ivo e Alcides Pinto, poeta e romancista, este, seu companheiro de república. Foi Secretário do Teatro Popular Brasileiro, dirigido por Solano Trindade.
Assessor político do vereador pelo Rio de Janeiro, Aristides Saldanha, também, do Deputado Federal Frota Moreira, representante do Estado de São Paulo.
Politicamente, identificou-se melhor com a esquerda. Teve a oportunidade e o privilégio de conversar amistosamente com Luís Carlos Prestes, O Cavalheiro da Esperança, e com a sua irmã Heloisa Prestes. Amigo pessoal do ator e comediante Agildo Ribeiro e de seus pais Agildo Barata Ribeiro e Maria Barata.
Aposentando-se em 1983, voltou à terra berço, Codó, juntar-se a sua irmã a ilustre Mestre Maria Alice Machado, para realizar o seu grande sonho como escritor, escrevendo a sua obra prima “Codó- história do fundo do baú”, cuja noite de autógrafos aconteceu a 21 de maio de 1999, nos amplos salões da União Artística Operária Codoense. Esta obra, pela sua relevância esgotou-se logo nos primeiros dias de seu lançamento.
Este homem de alma boa e coração bom, consta da relação de grandes figuras. Continua escrevendo suas obras; recentemente, lançou em noite de autógrafos o livro “O Imaginário Codoense”, no auditório da Associação Comercial de Codó.

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