Edson Lobão
O delator disse que os pagamentos da Camargo para a AP Energy Engenharia e Montagem ocorreram entre 2011 e 2012, quando Lobão era o ministro de Minas e Energia no primeiro mandato de Dilma Rousseff.Maranhão 247 – Em delação premiada na Operação Lava Jato, um dos executivos da Camargo Corrêa Luiz Carlos Martins afirmou que a empreiteira usou uma microempresa sediada em Santana de Parnaíba (SP) para pagar R$ 2 milhões ao senador Edison Lobão (PMDB-MA). O depoimento foi prestado em março à Polícia Federal, em Brasília, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Martins, o pagamento estava relacionado à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Ele disse que o repasse foi efetuado porque Lobão “teria ajudado a montar os consórcios e para que ele não impusesse obstáculos ao andamento da obra”.
Segundo Martins, o pagamento estava relacionado à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Ele disse que o repasse foi efetuado porque Lobão “teria ajudado a montar os consórcios e para que ele não impusesse obstáculos ao andamento da obra”.
Os serviços da AP eram “fictícios” e nunca foram prestados, de acordo com Martins. As notas fiscais indicam pagamentos de R$ 1,22 milhão e R$ 1,26 milhão. Martins afirmou que cerca de R$ 583 mil ficaram com os responsáveis da AP a título de “comissão” pelo trabalho de intermediação dos repasses.
Em fevereiro de 2011, a Norte Energia, concessionária de Belo Monte, assinou o contrato com um consórcio de dez empreiteiras para a realização das obras da hidrelétrica. A Andrade Gutierrez assumiu a liderança do consórcio, com 18% das ações, seguida por Camargo e Odebrecht, com 16% cada uma.
A Camargo escolhei Martins para ser o representante da empresa nas reuniões do conselho do Consórcio Construtor de Belo Monte ( (NCCBM).
Outro lado
O advogado do senador Edison Lobão (PMDB-MA), Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que seu cliente “não conhece a empresa AP Energy nem os sócios dela”.“Só isso já demonstra a completa mentira e irresponsabilidade da delação. É lamentável que as palavras dos delatores tenham foro de verdade, pois no caso concreto são absolutamente falsas”, afirmou Kakay.
Por Neto Frreira
Por Neto Frreira
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