SÃO PAULO – De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, o senador Telmário Mota (PDT-RR) foi acusado pela estudante universitária Maria Aparecida Nery de Melo, de 19 anos, de espancamento. Ela registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Boa Vista (RR) no último dia do ano de 2015 contra o parlamentar, informa a publicação.
A jovem relata um espancamento com chutes e socos que a fez desmaiar. De acordo com Maria Aparecida, o agressor era seu companheiro há cerca de três anos e meio e agora estava “sofrendo ameaças de morte”. Segundo o jornal, as agressões foram comprovadas e o caso ficou caracterizado como”violência contra a mulher”. O exame da vítima indicou “lesões na cabeça, boca, orelha esquerda, região dorsal, braço direito e joelho esquerdo”.
Segundo ela contou à polícia, as agressões ocorreram após acesso de ciúmes do senador durante um encontro com a família de Maria. A vítima afirmou que o senador não teria gostado de cumprimentos dados a Maria por familiares e decidiu agredi-la. Ele a teria chutado quatro vezes no chão e a empurrado contra a parede; Maria também disse que o parlamentar passou a lhe dar murros na cabeça, o que a teria feito desmaiar. A vítima prestou queixa cinco dias após as agressões mas, dois dias após o registro da ocorrência, procurou a delegacia para tentar “retirar” a queixa. A delegada responsável explicou que não seria possível a retirada.
O senador nega que tenha agredido Maria e mantido relacionamento amoroso com ela. “Não teve negócio de agressão, não existe isso, em nenhum momento, até porque não tenho nada com ela”. “Não teve negócio de agressão, não existe isso, em nenhum momento, até porque não tenho nada com ela. [Não agredi] nem ela nem mulher nenhuma. Fui criado pela minha mãe. Agora, macho, não. Macho vou pra porrada mesmo. Desafio [provar], 58 anos e nunca houve [agressão a mulher]. Desafio. Inventaram essa onda toda, essa conversa”, afirmou. Ele ainda considera que seus “adversários” teriam tentado “usar” Maria contra ele. “Não tem nada, absolutamente nada contra mim em lugar nenhum”, disse. Ele afirmou que ela é uma “velha conhecida”, militante do PDT, mas que não trabalhava diretamente com ele. “Militava, com os jovens lá.”.
Por ser senador, Telmário detém foro privilegiado no STF (Supremo Tribunal Federal) e, portanto, a delegada encaminhou os autos à Procuradoria da República em Roraima. Em 31 de maio, o caso foi enviado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que abriu um procedimento preliminar interno.
Fonte: Infomoney
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