Sob chuva, grupos feministas se reúnem na avenida Paulista, centro de São Paulo, em uma manifestação pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado neste domingo (8). Às 14h, horário para o qual o ato foi convocado, manifestantes de coletivos como Evangélicas pela Igualdade de Gênero, Central Sindical Popular e Mulheres do Sindicato dos Metroviários de SP já se reuniam no vão-livre do Masp e no parque Mario Covas.
O ato também conta com a presença de grupos ligados a partidos, como Psol, PSTU, PCO e PT --há uma cabana de filiação para esta legenda. Portavam, bandeiras e faixas com dizeres em lembrança à vereadora Marielle Franco, assassinada em 1017, a favor da democracia, contra o presidente Jair Bolsonaro e e em defesa sas mulheres, como "em casa, na rua, no trabalho e no transporte: exigimos respeito! Basta de violência". Em São Paulo, o protesto envolve mais de 80 entidades (entre coletivos feministas, movimentos sociais e siglas de esquerda), as organizadoras pretendem atrair 60 mil pessoas, mesmo tamanho do público estimado no ano passado.
O ato começou a ser preparado em janeiro, já com o tema "Mulheres contra Bolsonaro". Segundo líderes, a ênfase no nome do presidente se impôs por causa das ações contrárias a demandas históricas do movimento, como igualdade de gênero, combate à violência doméstica e descriminalização do aborto.
O protesto se soma a outros dois de oposição ao governo marcados para este mês: o do dia 14, que pedirá esclarecimentos sobre a morte de Marielle Franco na data em que o assassinato faz dois anos, e o do dia 18, organizado inicialmente por melhorias na educação e nos serviços públicos.
PROTESTOS EM MARÇO
Dia 8 (domingo) Mulheres irão às ruas em atos pelo Dia Internacional da Mulher, com ênfase nas críticas a Bolsonaro, associado pelos movimentos a retrocessos nas questões femininas
Dia 14 (sábado) Manifestações pedirão esclarecimentos sobre o assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que completará dois anos na data
Dia 15 (domingo) Simpatizantes do governo Bolsonaro farão atos em apoio ao presidente, mas também são esperados ataques ao Congresso e ao Supremo, com pedidos de fechamento de ambos
Dia 18 (quarta-feira) Ato convocado inicialmente em defesa da educação pública ganhou o reforço de centrais sindicais e envolverá paralisações de servidores e pressão por impeachment de Bolsonaro
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